A Filarmónica Idanhense foi fundada em Julho de 1888, pelo Sr. Christiano Pereira Barata e pelo Dr. António Pedrosa Barreto e adoptou como dia festivo o 8 de Dezembro, data em que tradicionalmente comemora o seu aniversário. Uma das primeiras actuações da Filarmónica Idanhense teve lugar a 5 de Setembro de 1891, em Castelo Branco, aquando da inauguração da linha férrea da Beira Baixa, evento a que presidiram Suas Altezas Reais D. Carlos e D. Amélia, tendo dispensado à Filarmónica Idanhense palavras de muito apreço e gratidão.
Como todas as colectividades, muito especialmente as suas congéneres, a Filarmónica Idanhense teve momentos áureos, outros de desalento e outros ainda de inactividade, para o que contribuíram, essencialmente, factores sócio-económicos e políticos muito peculiares do Século XX, na primeira metade devido a duas Guerras Mundiais e, na segunda metade, devido à Guerra Colonial e à emigração que muito se fez sentir na altura, particularmente não só nesta mas em todas as zonas raianas.
Muitas foram as pessoas ilustres que passaram pela Filarmónica Idanhense, merecendo especial destaque, na década de vinte, os Mestres José Queirós (Mineiro) e D. Segundo Salvador, Álvaro Hermenegildo Pereira, Luciano José Inácio e Jaime Moreira entre os anos de 1930 a 1945, não esquecendo o Professor José Monteiro, que iniciou os seus estudos musicais na Filarmónica Idanhense, sendo desde 1997 professor de vários cursos de música sob a égide do INATEL e outros que aqui aprenderam e posteriormente integraram os quadros das várias Bandas Militares.
Nos primeiros anos da década de cinquenta, a Filarmónica Idanhense esteve inactiva, até que em 1956 tomou novo fôlego, para o que muito contribuiu a compra de instrumental novo, gentilmente ofertado pela Casa Marquês da Graciosa, tendo tido como Mestres, até 1970, Eduardo Reis de Carvalho (filho), Manuel Jóia e José Filipe.
A Guerra Colonial fez novamente estremecer o bom funcionamento da Filarmónica Idanhense até que, em 1973, antigos músicos se juntaram para tocarem nas multisseculares procissões de Semana Santa (Completas, Encontro, Enterro, Aleluia e de Festa) deram novo impulso até à presente data, para o que contribuíram os Mestres Jaime Antunes Reis, Joaquim dos Santos, Joaquim Cabral, Jorge Correia e, desde 1996, o também coordenador da Escola de Música, Prof. Carlos Monteiro.
Vivendo essencialmente para abrilhantar festas e romarias da sua zona de influência, cujo concelho (o de Idanha-a-Nova) é o terceiro maior do País em extensão e onde a Filarmónica Idanhense é a única colectividade do género existente, mantém boas e cordiais relações com outras Bandas de todo o território nacional, participando em vários convívios, quer em Idanha-a-Nova, por sua iniciativa, quer noutras zonas de Portugal, a convite, mesmo em Espanha, onde já se deslocou algumas vezes (concertos nas várias “Feira Raiana” e Procissões de Semana Santa) e até mesmo em França por duas vezes, a pedido de Comunidades onde a presença de idanhenses é muito forte.
Em 2004 impulsionou a formação da Federação Regional de Bandas Filarmónicas do Distrito de Castelo Branco, e no final desse ano, num esforço conjunto entre o Município, o Conservatório Regional de Castelo Branco e esta Filarmónica, teve lugar a abertura oficial do Pólo do Conservatório de Castelo Branco em Idanha-a-Nova, onde estão matriculados vários executantes desta Filarmónica.
Tem sede no Largo dos Açougues, em Idanha-a-Nova, em edifício cedido gratuitamente pela Câmara Municipal.
Em 2008 remodelou por completo a sua Sede e construiu um novo edifício destinado à Escola de Música, colocando à disposição da população condições e comodidades únicas para servir a Cultura do Concelho. Nesse mesmo é declarada Instituição de Utilidade Pública.
Uma vivência tão forte e intensa só é possível com uma Escola de Música em pleno funcionamento, contando no presente com mais de vinte e cinco alunos, do Concelho e todos em idade escolar, que a Filarmónica Idanhense faz deslocar à sua Escola, aos Sábados, transportados em viaturas próprias da Filarmónica.
O corpo de executantes da Filarmónica Idanhense supera hoje os 50 elementos, com idades entre os 8 e os 74 anos, sendo que 80% tem idades compreendidas entre os 8 e os 25 anos.